.
.
.
.
Tom Zé entre Filarmônica e público
Mestro Leandro rege Filarmônica em frente a músicos de Tom Zé
Trata-se de uma autoria de Tom Zé, junto a dois parceiros, composta especialmente para a Filarmônica de Irará. A música é feita em homenagem ao saudoso amigo Renato Portela, pessoa que apresentou o violão à Tom Zé e lhe deu várias outras dicas. Ceci era a mãe de Renato. “De Ceci” é sobremenome em Irará.
.
A música mereceu um bis no final. “Quem chegou atrasado pediu para ouvir a composição”, disse o presidente Diógenes. “A segunda vez é mais difícil, a responsabilidade é grande”, brincou Tom Zé com o maestro Leandro. E a Filarmônica mandou ver.
.
“Eu to tão feliz, que se eu encontrar um jegue debaixo da jaqueira eu dou boa noite”. Assim Tom Zé tentava descrever a sensação estética daquele momento, ao tempo em que remetia a um dos casos iraraenses contados antes.
.
Com olhos marejados, Dr. Deraldo ouviu a composição e as palavras de Tom Zé sobre Renato. “Eu que também sou filho de Ceci quero lhe agradecer Tom Zé”. Assim o presidente de honra da 25 de Dezembro, sendo dirigente da entidade por 40 anos ininterruptos, agradeceu a Tom Zé em nome de toda a banda.
.
“Renato de Ceci”, ou “Ré Nato”, como estava escrito na pauta musical dos músicos, não parece ser uma música fácil de ser executada. O próprio Tom falou disso, mencionando subidas e descidas da música, exemplificando com nomes que quem é músico deve entender.
.
Eu, particularmente, nunca tinha visto uma filarmônica tocar algo tão inventivo. Gostei muito da espetacular entrada do naipe de clarinetes. Fiquei viajando naquela canção como trilha sonora. Suspense, comédia, aventura, sei lá o que... E, cá com meus botões pensei: “isso é tropicalismo puro”.
.
Era uma sexta-feira 13. Imaginei a Filarmônica de Irará executando aquele número em concursos Brasil á fora. Azar da outras...
vejam video com trecho da exucação da música, pena que não tem as partes finais quando vai ficando ainda mais revolucionário...
Depois assumi o controle do barco. Lendo parte do artigo mencionado acima, fiz um resumo da trajetória de Tom Zé, desde o nascimento em Irará até quando David Byrne lhe fez renascer para o mundo artístico. Depois mostrei, com alguns exemplos, como o da entrevista na Revista Caros Amigos (“o gênio de Irará”), a forma como o nome de Irará aparece na mídia pegando carona no nome de Tom Zé.